terça-feira, 1 de junho de 2010

O que é ART JOURNAL?

Navegando pela internet afora, você já deve ter ouvido falar de Art Journal. A primeira vez que ouvi algo sobre isso, não tinha nem ideia do que era. Então, fui pesquisar um pouquinho e acabei  por me apaixonar por essa arte.




Basicamente, um art journal é um caderno em que se mistura artes e reflexões. Geralmente, cada página desse caderno tem pinturas, recortes, desenhos, colagens – e o que mais a sua imaginação desejar – misturado com textos, quase sempre escritos a mão.



É uma evolução, mais artística e madura, das nossas agendas de adolescentes, onde colocávamos tudo, lembram? Uma foto de um dia bem fixe, o guardanapo com o telefone do namorico, o papel da pastilha que o namorado deu… fazíamos desenhos e mais desenhos, dávamos um beijo no papel com batom… e colávamos tudo nos nossos diários! Quem é que não tinha um?



A norte-americana Kelly Kilmer, que é professora de art journal, acredita que manter um art journal e trabalhar nele periodicamente faz bem para a nossa alma. “O art journal é um guia de referência. É um espaço de aprendizado. É um local para guardar (ou revelar) segredos, para nos expressarmos, para brincar. É um lugar para registrar, documentar e lembrar”, diz ela. “Quanto mais experimentarmos e brincarmos em nosso art journal, mais vamos aprender. Vamos aprender a nos superarmos. Vamos aprender o que funciona e o que não funciona para nós. Vamos desenvolver nossas técnicas e ampliar nossas ideias, memórias e formas de expressão.”



Eu comecei o meu art journal, há cerca de um mês, justamente para isso: para treinar novas técnicas no uso de diversos materiais e, ao mesmo tempo, aprender a soltar mais o meu texto, a colocar mais emoção nele.



Para começarem o vosso art journal, não é preciso nada de especial. A base de tudo é um caderno ou bloco de papel aquarelável (mais grosso, 200g ou acima). As páginas são geralmente compostas por três elementos:



1º - um fundo pintado com lápis de cor, tinta acrílica ou aquarela (quanto mais tintas for colocar nas suas páginas, mais grossas devem ser as folhas);

2º - colagens de retalhos de papel, figuras, ou desenhos;

3º - texto com caneta que permita escrever sobre a tinta (ex: caneta gel Uniball Signo ou Pitt Artist da Faber-Castell)

Além disso, é só soltar a imaginação!



Como exemplos, veja a seguir trabalhos de algumas artistas que eu gosto bastante. Algumas delas são scrappers tradicionais, que também praticam suas reflexões em meio a tintas e outras mídias; já outras são bastante conhecidas no mundo do mixed media, sem nunca terem feito o scrapbook tradicional. O fixe mesmo é observar a grande diferença de estilos entre elas, para termos uma ideia das infinitas possibilidades que essa arte oferece.

aqui vai:

Ali Edwards