domingo, 2 de setembro de 2012

Leshmaniose canina - ler com atenção. Dona em grande dor...

Entrámos em Setembro. Daqui a uns dias o verão já lá vai, na segunda a maioria das crianças retoma a sua actividade normal: Creche, pré-escolar, escola... É o caso do meu reguila, que retoma as suas rotinas já na segunda, agora, já mais crescido (o meu bebé...) já vai para a sala dos 2-3 anos!

Setembro para mim ainda agora começou e já promete um tempo de novos hábitos, arrumações, preparação para a grande revolução, para a qual estou TÃO desejosa quanto uma criança - pois vou voltar a estudar!!!

Antes de voltar de leve a este assunto, sei que ainda tenho que me habituar a que agora já só tenho a minha cadela Luna, linda, meiga e companheira. na sexta feira, dia 31 de Agosto o dia tão temível por mim chegou... :( Despedi-me dos meus fiéis amigos de 4 patas Gaspar e Luna. Estou de rastos, lavada em lágrimas... custa-me a aceitar um fim de vida na doença, ainda para mais perde-los para essa doença tão terrivel que já vitimou 3 dos meus companheiros de vida - A LESHMANIOSE CANINA.
Deixo aqui um resumo sobre esta terrivel epidemia, que destrói a saude dos nossos amiguinhos de vida, para que se esclareçam duvidas, as mesmas que eu tive. Os meus animais foram recolhidos da rua, já adultos, provavelmente infectados. Se tem ou vai ter um cãozinho, POR FAVOR, informe-se junto de um veterinário de sua comfiança, pois ´já há métodos de evitar esta doença. Acreditem que é uma morte lenta e agoniante.

Leishmaniose canina

A Leishmaniose canina (também chamada doença do mosquito ou doença da picada do mosquito), é uma doença dos cães provocada por um parasita (protozoário “leishmania”) que é transmitido pela picada de mosquitos (Flébotomo). A leishmania (parasita) invade diversos orgãos, como os rins, o fígado, a pele, etc. causando lesões de diversa extensão/gravidade e que pode provocar a morte dos animais.

Esta doença é transmitida de cão para cão, apenas por mosquitos do género Phlebotomus.

Os mosquitos transmissores (flebotomos), necessitam de condições geográficas/climatéricas apropriadas para se multiplicarem. Estas condições podem encontrar-se um pouco por todo o país, com maior incidência nas regiões do Alto Douro, Vale do Tejo e Algarve.

Para que a transmissão aconteça, é necessário um mosquito picar o cão infectado e ingerir algumas leishmanias; passar aproximadamente uma semana para que os parasitas (dentro do mosquito) se tornem infectantes; e por último, é necessário esse mesmo mosquito, picar um animal.

Sintomas da Leishmaniose

A leishmania multiplica-se na medula óssea, no baço e nos gânglios linfáticos, originando sintomas muito diversos. Os animais doentes, podem apresentar um ou mais sintomas:
  • Perda de peso
  • Falta de apetite
  • Apatia
  • Debilidade
  • Feridas de pele que não cicatrizam
  • Feridas nos bordos das orelhas
  • Lesões oculares
  • Falta de pêlo à volta dos olhos
Nos casos em que os rins são afectados, os animais bebem muita água e urinam em grande quantidade.

Outros animais podem apenas apresentar hemorragia nasal. Não é raro, aparecerem animais que apenas “espirram sangue”.

Diagnóstico da Leishmaniose

Para saber se um cão tem Leishmaniose, o médico veterinário é o profissional indicado para fazer o diagnóstico.

O diagnóstico definitivo é feito por análises ao sangue, ou por pesquisa das leishmanias na medula óssea do animal.

A colheita da medula óssea, pode ser realizada apenas com anestesia local.

http://www.clinicaveterinaria.pt/

Vacina contra a leshmaniose:

Portugal foi o país escolhido para o lançamento da primeira vacina europeia contra a leishmaniose visceral canina. De realçar que existe há já alguns anos uma vacina contra a leishmaniose canina no mercado brasileiro (Leishmune). Embora exista uma grande expectativa relativamente à eficácia desta nova vacina, será importante perceber que tal como qualquer novo medicamento colocado no mercado é necessário a avaliação da sua eficácia no “terreno”. A vacina CaniLeish consiste numa preparação de estruturas secretadas pelo parasita à qual foi acrescentado um adjuvante para potenciar a resposta imunológica.
 
SEGURANÇA E EFICÁCIA:

Como em qualquer vacina, há dois pilares essenciais para a sua comercialização: a segurança e a eficácia. Os estudos realizados pela empresa Virbac (empresa que comercializa a CaniLeish) demonstraram de forma inequívoca a segurança da preparação.
Não há nada a apontar no campo da segurança. Os efeitos secundários obtidos encontram-se dentro do esperado para este tipo de vacinas (dor e inflamação no local da injecção, falta de apetite e apatia entre outros sintomas menores). Relativamente à avaliação da eficácia clínica foram realizados estudos experimentais em condições laboratoriais e estudos de campo. Em ambos, uma diminuição significativa de animais infectados foi observada no grupo de animais vacinados. No entanto, os resultados obtidos ficaram um pouco aquém do que seria esperado para uma vacina de “eficácia provada" conforme é afirmado pela Virbac...
Tendo em conta a segurança da vacina e a gravidade desta doença no cão, a vacinação com a CaniLeish é um passo na defesa contra este parasita. Principalmente se o animal se encontrar em zonas endémicas como Trás-os-Montes e Alto Douro, área metropolitana de Lisboa e vale do Tejo e concelhos de Évora e Algarve. Em termos conceptuais, quanto maior o número de animais vacinado menor a possibilidade de contágio devido a um menor número de animais doentes e/ou portadores.

A VACINAÇÃO DEVE SER ACOMPANHADA DE MEDIDAS DE PROTEÇÂO COMPLEMENTARES, como a pipeta ADVANTIX e a coleira EXCALIBUR.



No homem, quando a doença é diagnosticada a tempo, o tratamento e cura é possível. Aliás ela ocorre no homem especialmente em crianças, pessoas idosas, debilitadas ou indivíduoa imunossuprimidos.

No cão a doença é incurável, mas pode ser tratada se o estado geral de saúde do cão for aceitável e principalmente se a doença não tiver atingido um elevado grau de desenvolvimento. O cão, quando tratado a tempo, conserva uma boa qualidade de vida. O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua portador. No entanto, depois de tratado, deixa de ser transmissor.



Houve um enorme extermínio de cães positivos, tido como única solução para a disseminação da doença, dado o cão efectivamente constituir um hospedeiro por excelência. No entanto, outros vertebrados como roedores podem igualmente servir como intermediários.
 
  • Um cão só infecta novos mosquitos (e estes por sua vez infectarão novos cães) se estiver na fase activa e visivel da doença, ou seja, na fase terminal, com chagas na pele, as quais estão infectadas com leishmanias.

  • O cão tratado com medicamentos é portador mas NÃO é infectante para os mosquitos! Pode ter uma vida normal sem qualquer sintoma e sem infectar novos mosquitos.
  • A doença em humanos é controlável e muito menos perigosa do que nos cães. As pessoas que desenvolvem as formas mais severas de leishmaniose visceral são nomalmente crianças ou pessoas imunodeprimidas, mas mesmo nessas existe cura.
    Os cães estão menos protegidos contra a leishmania, daí que os sintomas sejam muito
     graves acabando sempre por sucumbir á doença mais tarde ou mais cedo.
  • Os grandes disseminadores da leishmania acabam por ser os animais selvagens, os roedores e muitos dos animais abandonados, pois estes não estão sujeitos a tratamento como os nossos cães e estão completamente á mercê dos mosquitos.
  • Até agora, a única forma de nos defendermos deste mosquito é evitar passeá-los em áreas sujas e contendo matéria orgânica em decomposição. Usar coleiras repelentes de mosquitos e pulverizar a área dos canis. Aplicar redes mosquiteiras nas janelas.
  • Se após um tratamento adequado se verificar que os sintomas persistem e o animal está condenado a um enorme sofrimento e a uma morte lenta, será preferível eutanaziá-lo. Isto poupa o animal do sofrimento e contribui para salvar outras vidas.
  • O despiste da leishmaniose em cães aparentemente saudáveis é o ideal, pois podem começar com o tratamento mais cedo e a sua esperança de vida aumenta considerávelmente.

Para terminar (desculpem a extenção do post mas estou em grande dor, quero MESMO poder ajudar outros donos e consequentemente, outros cães:
 
Como calculam segunda feira tenho como urgente na minha agenda a ida ao veterinário. ( pesquisando por preço, pois há uma grande discrepância nos preços aplicados, eles são um pouco ao critério da " carteira" do veterinário. Primeiro há que fazer o teste, depois são 3 doses, cada uma com o intervalo de 3 semanas. Já encontrei preços de quase 200 euros no total, como de 110€... enfim)
Rezando para que tu Luna Maria da minha vida, tenhas escapado... E se der positivo começar já o tratamento, que se resume a um comprimido por dia apenas, durante toda a vida do animal, como se dum biscoitinho diário de vida se tratasse.)

Volto em breve com noticias da minha Luna.
PS. Falta colocar iamgens dos meus amores, do antes e do depois, já muit6o doentes e sem condições de vida, em grande sofrimento, para eles e para mim...

AMO-vos. Até qualquer dia

TODOS os cães merecem o céu.

by Moky.