quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

7 Dicas para Quem Vai Comprar um E-book Reader

Nos últimos tempos, os consumidores brasileiros ganharam duas opções de e-readers que podem ser comprados com a maior facilidade e em território nacional: o Kindle Internacional, da Amazon, e o Cool-er - vendido no Brasil pela Gato Sabido. Existem ainda as várias outras opções internacionais, disponíveis para os tupiniquins nos eBays da vida.



Quem é fã de tecnologia e livros, já não consegue resistir à tentação. Quer - e vai - comprar o seu e-reader! Nessa hora, todo cuidado é pouco, já que o investimento é grande e ninguém quer se arrepender depois. Para ajudar os leitores na dura tarefa de escolher o seu aparelho, preparei uma lista com 7 dicas essenciais para considerar antes da compra.



1 - Considere as suas necessidades (e o seu desejo!)

No final de outubro, eu estava em um vôo Rio-Poa e me sentei justamente ao lado de um senhor que, durante o vôo, sacou um Kindle DX. Eu conversei com ele na hora do lanche, e perguntei: porque o Kindle DX, ao invés do Kindle Internacional? Pelo conforto de ler em uma tela maior, com letras bem grandes, foi a resposta. O Kindle DX tem uma tela de nove polegadas, o que facilita para quem tem a visão cansada, comparado ao Kindle Internacional e à maioria dos demais e-readers atualmente no mercado, com suas telas pequenas de seis polegadas.



A primeira coisa a considerar, portanto, é a sua necessidade. Pesquise produtos diferentes, compare preços e especificações. Aqui no site da Plus você pode comparar as diferentes versões do Sony Reader com o Kindle Internacional. Em breve, teremos uma análise também do Cool-er.



Se você viaja muito e gosta de ler, mas nunca tem tempo para sentar e escolher um livro, o Kindle Internacional é o seu aparelho. Graças à conexão 3G do Kindle Internacional, que funciona no Brasil, você pode comprar um livro direto da loja da Amazon a qualquer momento, seja num táxi, no ônibus, no aeroporto, na praia, etc. Ainda existem poucos títulos em português à venda, mas isso vai mudar rapidamente, nos próximos meses, à medida que as editoras ofereçam seus catálogos em formato eletrônico. Jornais como O Globo, Jornal do Commércio (PE) e Zero Hora (RS) já podem, inclusive, ser assinados no Kindle Internacional.



Quem vive numa correria menor, pode comprar um aparelho um pouco mais barato, sem conexão sem fio. Para abastecer o aparelho com livros, sempre será necessário um computador - o que não é problema para muita gente. Muitos aparelhos funcionam assim: os readers da Sony, o Cool-er, o Cybook, entre outros.



Se você é daqueles leitores compulsivos, que gostam de ler em todos os lugares, em filas e salas de espera, uma boa pedida é o Sony PRS-300 - um “pocket” e-reader. Ele tem uma tela ligeiramente menor que a dos outros aparelhos (cinco polegadas, ao invés de seis), o que permite ser carregado até mesmo em alguns bolsos mais largos. Esse ainda não é vendido diretamente no Brasil, mas pode ser encontrado em sites como eBay, Mercado Livre e até no site da Amazon.



2 - Na guerra dos formatos, quem perde é o leitor



Livro comprado no Kindle, só pode ser lido no Kindle e nos programas da Amazon. Você não consegue ler um livro do Kindle no Sony Reader, por exemplo



Se você é daqueles que gosta de ter backup de tudo, inclusive (ou principalmente) dos seus e-books, fique muito, muito atento. Praticamente nenhum jornal ou revista, no Brasil, abordou esse assunto seriamente (até agora, pelo menos).



Ao comprar um e-book na loja da Amazon, você só poderá ler o e-book usando softwares ou aparelhos da própria Amazon. Sabia disso? Você nunca poderá transferir seus e-books do Kindle para, por exemplo, um Sony Reader. É como ter um computador e não poder passar seus arquivos para outro, apenas porque o fabricante é diferente. Parece absurdo, mas a Amazon trabalha assim. Esse problema, felizmente, se restringe apenas aos e-books comprados através do 3G do Kindle, ou na loja da Amazon - os livros provenientes de outras fontes, que você mesmo transferir para o aparelho usando o computador, poderão ser acessados livremente.



Portanto, antes de comprar seu aparelho, considere se essa liberdade é algo importante para você - e nesse caso, opte por aparelhos como Sony Reader, Cool-er, Cybook, entre outros, que permitem acessar e trocar os livros de um aparelho para outro, sem maiores problemas.



3 - Nem sempre o mais caro é melhor

Essa regra se aplica perfeitamente aos e-readers. O melhor é aquele que vai se encaixar nas suas necessidades, e nem sempre esse é o mais caro. Para algumas pessoas, um aparelho como o Kindle DX, bem mais caro que os demais, pode ser um estorvo por causa do tamanho equivalente ao de um caderno escolar.



3 - Leve em conta o que você pretende ler

Isso é crítico. E bem simples, na verdade.



Confirme se os livros que você quer ler existem em versões e-books. Se você vai comprar um aparelho para ler a obra completa de Clarice Lispector, certifique-se, previamente, que os livros dela estão disponíveis como e-books. Se não estiverem, tenha paciência - ou, nossa sugestão, entre em contato com a editora e encha o saco deles pedindo versões em e-book.



Caso você vá comprar um aparelho para ler arquivos que já possui, certifique-se que esses arquivos estão em um formato compatível com o aparelho que você vai comprar (e se não estiverem, se podem ser convertidos adequadamente e poderão ser lidos).





Quem gosta de anotações, pode ficar desapontado ao comprar um Reader da Sony



4 - Para quem gosta (ou precisa) fazer anotações

Para quem não precisa anotar nada, o mundo é cheio de possibilidades.



Porém, se você é daqueles que adoram fazer anotações… seu caminho será o Kindle, ou uma versão mais atualizada do Sony Reader. O Kindle tem a vantagem daquele tecladinho qwerty bizarro, que é muito útil na hora de fazer anotações. Elas podem ser salvas no computador, também.



Então, fãs de anotações… desistam de Cybook, esqueçam o Cool-er, esqueçam a versão Pocket do Sony Reader. Serão decepcionantes para vocês.



5 - Se a grana é curta, seja sensato…

Sem dinheiro e cheio de vontade? Prefira seguir lendo no e-reader mais completo de todos os tempos, que instala programas, exibe vídeos e toca música, acessa Internet e faz de tudo um pouco: o seu computador. Gaste o dinheiro em livros, mesmo e-books, mas não em aparelhos para ler e-books, se a sua grana é curta.



Para quem tem pouca grana, mas não desiste nunca, vale procurar aparelhos usados. Um usado muito decente é o Sony Reader PRS-505, que, mesmo fora de linha, ainda é um dos melhores e-readers disponíveis. O contraste para leitura é muito bom, e suas funções superam as de muitos aparelhos à venda atualmente, como o Cool-er.



Analistas estimam que os e-readers ficarão populares quando seu preço cair a um patamar inferior a US$ 100,00. Aguarde esse dia, dizem que será por volta de 2011.



7 - …e se você não tem pressa, segure sua vontade mais um pouco

A primeira coisa que se espera, é uma redução de preços dos e-readers nos próximos meses, à medida que a popularização aumenta e a competição se acirra.



Também são aguardados, nos próximos seis meses, lançamentos que vão mexer com o mercado e eventualmente reduzir os preços de muitos dos aparelhos que estão à venda hoje. Barganhas vão surgir num horizonte bem próximo. Os lançamentos que todos aguardam, são os seguintes:



- O tablet da Apple, que todo mundo diz que será um e-book reader matador - uma versão gigante do iPhone;



- E-reader da Asus, aquela empresa que inventou os netbooks. Especula-se sobre o lançamento de um modelo com duas telas (e barato);



- Sony Reader no Brasil. Cedo ou tarde, alguma editora vai trazer esse aparelho para o Brasil. Dizem alguns, que já é para março/2010;



- O Cool-er ganhará uma versão sem fio em julho/agosto de 2010.



Se você ainda não tem certeza, ou não consegue se decidir, tenha paciência e espere. Pense em todas aquelas pessoas que compraram Betamax ao invés de Videocassete, HD-DVD ao invés de Blu-Ray… a pressa é inimiga do consumidor.

Sem comentários:

Enviar um comentário